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Mensagem por LittleD Sáb Ago 22, 2015 10:36 pm

Observações: Os dois primeiros capítulos não apresentam um conteúdo muito explícito de AB/DL, mas são essenciais para se perceber o resto da história Smile
Desejo uma excelente leitura!


Capítulo I – O Início

O sol aquecia as telhas da casa de Marta, era verão, os pássaros pousavam no parapeito da pequena janela escondida.
Marta já tinha acordado, aguardava que as horas passassem, que chegasse a vontade de se levantar. Os seus pais não iam estar em casa, a empresa em que ambos trabalhavam obrigou a que todos os empregados participassem numa formação na capital, pelo que os teus pais tiveram que participar. A empresa salvaguardou a estadia dos filhos que fossem menores de idade, dessa forma, o seu irmão, Filipe, de 15 anos, foi com os seus pais.
Marta tinha feito 18 anos há três dias, não festejou com entusiasmo, os pais estavam com dificuldades financeiras, podendo apenas fazer um bolo para se cantar os Parabéns. Tinha uma pele clara, e o cabelo era castanho, quase louro, os olhos eram verdes escuros, profundos, mas enigmáticos. A jovem pretendia estudar no centro universitário mais conceituado, tirar um curso de Literatura ou de Educação de Infância. Ainda que não tivesse sido a melhor aluna durante o secundário, sabia que as notas eram suficientes para entrar, porém não estava certa que a sua família tivesse condições para sustentar os custos da faculdade e do alojamento.
Para conseguir, pelo menos, fazer a matrícula e esperar pelo resultado da Bolsa de Estudos, a jovem decidiu trabalhar como explicadora ou baby-sitter ao longo do ano letivo. Com o trabalho que foi fazendo, conseguiu juntar quase €400. Com o custo da matrícula e de um quarto, sabia que não conseguia, com este dinheiro, sustentar-se por mais de um mês, com alguma habilidade económica, poderia chegar aos dois meses. Para estudar tinha mesmo que conseguir a bolsa de estudo, mas sabia, também, que os cursos na área das Ciências Humanas e Sociais tinham uma menor percentagem de alunos bolseiros, pelo que estava com receio de não conseguir a bolsa e ter que desistir de estudar.
Durante muitos anos, Marta sempre se encantou pelos livros e pela forma como as palavras se transformavam em Magia. Leu de tudo, dos clássicos, como a Odisseia de Homero, aos contemporâneos, como o Estrangeiro de Albert Camus, passando pela Rússia com Tolstoi e Dostoiévski, pelo Reino Unido com Shakspear e Oscar Wilde, e pela Literatura Lusófona com Saramago, Sophia, Fernando Pessoa, Vinicius de Morares e Jorge Amado. O percursos literário da jovem era extenso para quem só tinha 18 anos. Mas construiu-o à custa da sua solidão e exclusão da escola. Preferia a companhia dos livros à dos seus colegas, o que fez com que se tornasse uma miragem na escola, onde ninguém a conhecia e poucos lhe falavam. Marta não se importava muito, via a vida dos outros à distância, e comparava-as às personagens dos seus livros. Chegou mesmo a apaixonar-se por um rapaz que lhe fazia lembrar Raskólnikov de “O crime e Castigo”. Ainda que nunca tenha falado com ela, a paixão platónica perpetrou-se ao longo dos 3 anos do Ensino Secundário.
Apesar de, desde de pequena, Marta desejar tirar o cursos de Literatura, descobriu, ao longo do ano em que esteve a fazer babysitting e explicações, que havia algo de extraordinário ao lidar com crianças. A forma como elas se entregavam a um mundo sem responsabilidades intrigava e entusiava Marta. Ainda que também gostasse de explicar os conteúdos da escola, foram os serviços de babysitting que despoletaram maior prazer, uma vez que a jovem tinha possibilidade de, por breves momentos, de encontrar o seu bebé interior, de explorar e vivenciar os mundos de fantasia e brincadeira dos bebés, de brincar com os mesmos brinquedos coloridos e de ouvir as músicas que a tornavam calma e serena. Desde de então, Marta ponderou a hipótese de tirar o curso de Educação de Infância, para perpetuar a experiência que teve ao longo do ano.
Por fim, Marta levantou-se, tinha que ir trabalhar como baby-sitter. No verão ninguém precisa de explicações, os únicos trabalhos que vai conseguindo arranjar é a tomar conta de crianças. A jovem não se importa, consegue algum dinheiro e ocupa o tempo a fazer algo que gosta realmente. Ia, pela primeira vez, fazer um serviço de babyssiting com esta criança, estava um bocadinho nervosa. Ficava sempre assim na primeira vez, não sabia o que a família ia pedir nem a forma como a criança ia reagir. Mas era só na primeira vez, todas as crianças gostavam de Marta e todas queriam voltar a tê-la como babyssiter.

Quando chegou à morada em que ia trabalhar, Marta não podia acreditar. A casa era uma enorme mansão, toda ladeada com muros altos, brancos, à entrada um enorme portão que permitia a utilização do trilho, coberto por flores, até à mansão. Marta verificou a morada para confirmar se estava correta. Tocou à campainha:
− Quem deseja entrar? – Questionaram do outro lado.
− Boa tarde. Daqui é Marta, eu vim por causa do serviço de babyssiting. – Respondeu.
− Ah! Claro. Entra.
Os portões abriram-se automaticamente e Marta seguiu pela estrada de paralelo até à porta da mansão. Quando lá chegou uma senhora, com um fato negro e camisa branca, abriu-lhe a porta e a sorrir cumprimentou.
− Boa tarde, Marta! Sou a Diana, a mãe da Carlota, falamos por telefone.
− Boa tarde Dona Diana.
− Peço desculpa ter ligado em cima da hora. Até foi a minha filha mais velha que me disse para falar consigo. Penso que ela é da sua turma, é a Leonor.
Marta sabia bem quem era a Leonor, só se admirou por ela a conhecer e saber que tomava conta de crianças. Ainda que fossem da mesma turma, pelos últimos três anos, pensava que nunca tinha trocado palavras, estranhava até que ela soubesse o seu nome.
− Sim era da minha turma. Agora como acabou devemos ir para locais diferentes estudar.
− Pois, agora com a faculdade tudo vai mudar. A Leonor deve ir para o centro universitário. Já tem lá casa. Até já lhe disse que podia levar alguma colega com ela, sem custos nenhuns. Eu sei que a casa não é muito grande, mas têm três quartos, por isso dá bem para duas pessoas. Mas ainda falta algum tempo. Vamos tratar da Carlota então?
− Sim, onde está?
− Ela agora está a dormir, mas posso levar-te lá agora. – Respondeu a Dona Diana – Pode seguir-me?
A casa era altamente requintada, articulava o estilo moderno com o clássico, tudo parecia extremamente caro, alguns dos quadros pareciam que deviam estar num museu. Marta fez o máximo para não fazer ou dizer nada apropriado, por isso seguia em silêncio. Pelo caminho, Leonor sai de uma porta repentinamente:
− Mãe, tenho de ir que estou atrasada!! – Disse a correr – O Duarte vai matar-me. – No momento que a Leonor referiu o Duarte, Marta pensou, automaticamente, no Raskólnikov, e deixou de ouvir o que a sua colega dizia, não sabia que ela namorava com o Duarte – Marta, desculpa, nem te vi, boa tarde.
− Boa tarde, Leonor, tudo bem?
− Obrigado por vires cuidar da Carlota, normalmente eu ficava, mas o Duarte precisa da minha ajuda para a candidatura à faculdade. Tenho mesmo de ir. Até logo. – Respondeu Leonor enquanto saía num passo acelerado.
− A minha filha é sempre assim. – Prosseguiu a Dona Diana enquanto caminhavam para o quarto de Carlota. – É aqui. – Abriu a porta devagarinho, espreitou e concluiu – Ainda está a dormir, mas mais dez minutos e acorda. Eu também vou ter de sair. Faz de conta que estás em tua casa. Ao lanche a Carlota come fruta e bebe um iogurte, estão na cozinha. Vamos descer, então.
Retomar o caminho até à porta principal. A Dona Diana pegou num casaco e despediu-se:
− Por volta das dezoito horas já devo ter regressado. Até logo!
A Marta explorou um pouco mais a casa, receoso por tocar no que quer que seja. Pouco tempo depois, a Carlota acordou.
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Mensagem por LittleD Sáb Ago 22, 2015 10:37 pm

Capítulo II – Nova Perspetiva


Passaram-se três semanas desde de que Marta foi, pela primeira vez, tomar conta de Carlota. Desde de então, tornou-se uma situação regular, durante esse tempo, Marta cuidou da criança seis vezes. As duas entenderam-se muito bem, as tardes em que Marta ia trabalhar o tempo passava a correr, nenhuma delas se apercebia do tempo, brincavam empolgadas uma com a outra. Por vezes, se não fosse a diferença de alturas, não se conseguia distinguir qual das duas era criança e qual era a baby-sitter.
Nessa tarde a Marta e a Carlota tinham ido brincar para o jardim, ao final do dia, quando a Leonor foi deitar a sua irmã, a criança estava exausta.
− Olha conta-me lá, o que andaste a fazer durante o dia, Carlota? – Questionou a irmã mais velha.
− Tive a bincar com a Mata. – Respondeu sonolenta – Tou canxada!
− Tu gostas da Marta?
− Siiiiimmmm!
− Porquê? Já tiveste outras pessoas que cuidaram de ti, mas que não gostavas tanto.
− Mas a Mata binca comigo. Ela gosta de tar comigo e eu gosto de tar com ela. Ela sabe bincadeiras.
− Eu também brinco contigo, mas ultimamente tens pedido à mãe para falar com a Marta. Preferes que seja ela a brincar contigo?
− É difente. Tu és má às vezes. E mandas muito. A Mata não. Ela é minha amiga, tu és a minha mana. A Mata é mais como eu, tu és velha.
− A Marta é da minha idade!! – Respondeu a Leonor escandalizada. – A minha idade!
− Oh, tem nada!
− Eu agora não sei? – Perguntou a jovem – Tem a minha idade sim.
− Ponto, tá bem. Mas tu és má, às vezes!
− Eu sou má?!? Porque dizes isso?
− Oh, ainda ontem me bateste…
− Deite umas palmadas no rabo porque não querias dormir. Não te bati a sério. Já sabes que quando digo alguma coisa é porque quero o melhor para ti. Tens que fazer o que eu digo. Depois não te soube bem dormir?
− Soube. – Respondeu a Carlota envergonhada – Mas bateste na mesma!
− Não vou discutir isso contigo. Eu sei que fiz bem. Vá, agora vai dormir.
− Até amanhã, maninha! – Despediu-se a Carlota.
A Leonor regressou à cozinha, que ainda lá estava a sua mãe.
− A tua irmã já adormeceu? – Perguntou a Dona Diana.
− Sim já. – Continuou a sua filha – Estava muito cansada, foi rápido.
− Acho que fazes bem em ir adormece-la quando estamos cá. Como raramente passas tempo com ela quando eu e o teu pai estamos a trabalhar.
− Sim, eu senti a falta dela durante o ano. E o pai, quando vem?
− Não sei. O mais certo é irmos nós ter com ele.
− O costume… − Desabafou − Nunca hei-me perceber porque insistes em cozinhar, tens dinheiro mais que suficiente para contratar uma empregada e uma cozinheira.
− Meu amor, o dinheiro não serve de tudo. Sabes, também quanto eu, que não gosto de ter estranhos cá em casa. Ainda para mais para fazer coisas que podemos ser nós a fazer.
− Sim, mas para tomar conta da Carlota pagas à Marta.
− Sim, mas é diferente, a tua irmã fica toda contente quando está com ela. Sem contar que acho muito nobre o que ela está a fazer.
− Levar dinheiro para tomar conta de crianças, há muito gente a fazer isso, mãe. – Brincou a Leonor.
− Não digas parvoíces. Ela é muito atinada e responsável. Está a arranjar dinheiro para ir estudar, pelo menos até receber algum dinheiro da bolsa de estudo, que a família não tem dinheiro para lhe pagar os estudos e o alojamento.
− O que vai estudar ela?
− Pelo que ela me disse, está indecisa entre Literatura ou Educação de Infância.
− Nessas áreas é mais difícil arranjar bolsa. Porque não lhe pagamos os estudos?
− Já tentei, ela não aceita. Disse que não poderia aceitar dinheiro assim sem dar nada em retorno. Mas mete-me pena, ela é muito responsável, muito madura. A tua irmã adora-a, tenho a certeza que daria uma excelente educadora de infância. Não sei porque está a pensar em Literatura.
− Ela na escola estava sempre a ler. Na realidade pouco falei com ela. Mas se a Carlota gosta dela, também acho que será. Aquela criança é difícil de agradar.
− Não digas isso da tua irmã. – Retorquiu a mãe – Mas, no pouco tempo que tive com a Marta, acho uma pena que não vá para o Ensino Superior. Achas que não a consegues convencer.
− Oh mãe, acho improvável! Como te disse pouco falei com ela…
− Se conseguires arranjar com que ela vá para a faculdade, eu dou-te liberdade total durante os teus estudos. É um bom acordo.
− Vou pensar Dona Diana, vou pensar… A Marta vem cá amanhã?
− Não, agora só na quarta.
− Então falo com ela na quarta. Mas agora vou dormir. Até amanhã, mãe.
− Até amanhã, meu amor.

Quando se deitou, a Leonor não conseguia adormecer. A conversa que teve com a sua mãe levantou vários pontos que não lhe permitiram descansar a cabeça. Primeiro a ida para a faculdade. Ainda que não tivesse garantido, o mais certo era estudar Direito no melhor centro universitário, como sempre quis. A família tinha lá uma casa já, pelo que podia ir morar para lá. Tinha era que abdicar da sua vida, e dos seus colegas. Na realidade, a única pessoa que poderia ter pena em deixar para trás, seria o Duarte, o seu melhor e mais antigo amigo. Mas, em princípio ele também iria para a mesma cidade estudar Engenharia Ambiental, o que ia permitir manter o contacto próximo. Mas, no meio de tudo que lhe passava pela cabeça, o que mais lhe atormentava era Marta. Por um lado, o facto da família não conseguir pagar os estudos, o que, sendo uma realidade que desconhecia, era uma realidade que estava sensível, e pelo pouco que conhecia da colega, ela realmente queria estudar e tirar um curso. Pelo outro lado, a forma como Marta conseguiu conquistar a sua irmã, até sentia alguns ciúmes, porque parecia que elas as duas tinham uma relação mais próxima do que a relação de irmãs. Leonor, como durante o ano letivo os seus pais estão na capital, pouco tempo está com Carlota, o que faz com que a relação não seja muito próxima. A jovem tinha pena de não ter acompanhado a fase de bebé da sua irmã, como já tinha três anos há muita coisa que já tinha perdido e não podia recuperar. E por último, a forma como Marta reagiu quando ela falou no Duarte. Durante os três anos que foram colegas, praticamente nunca tinham falado, mas Leonor tinha reparado como Marta olhava para o seu amigo, e a forma como reagiu quando falou nele pela primeira vez tinha demonstrado o que Leonor pensava há muito tempo. As namoradas do Duarte, até então, tinham sido raparigas que Leonor não gostava, durante algum tempo ainda pensou que Marta se ia aproximar, mas essa aproximação nunca se deu ao longo dos três anos. Talvez houvesse uma solução que podia responder a todos os problemas.

Na quarta feira seguinte, Leonor chegou mais cedo a casa, com a tentativa de encontrar Marta e conseguir falar com ela.
− Boa tarde, Leonor.  – Cumprimentou Marta à chegada. – A tua irmã está a dormir no quarto dela.
− Boa tarde, Marta. Ainda bem, preciso de falar contigo.
− Comigo? – Questionou admirada – Diz.
− Acabamos agora a escola, o que vais ou queres fazer daqui em diante?
− Eu gostava de ir estudar, mas não sei se vou conseguir, por causa das despesas…
− Eu vou para o melhor centro universitário, tenho lá uma casa, se quiseres podes ficar comigo sem problema.
− Agradeço, mas não me sinto mesmo nada bem em aceitar. Mas muito obrigado, se eu conseguir uma bolsa o assunto fica resolvido.
− Sabes, tão bem como eu, que o mais provável é não teres bolsa. Mas ouve que ainda não acabei tudo.
− Continua então. – Respondeu Marta com um sorriso.
− Bem, o que me podes dizer sobre o Duarte? – A cara da Marta ficou extremamente pálida, os seus olhos verdes ficaram distantes e vazios, a boca seca e os seus gestos indecisos – Bem não me precisas de dizer mais nada. Agora por último, a minha irmã diz que costumas brincar com ela, e que tu és uma amiga. Não é muito natural as crianças dizerem isso sobre alguém tão mais velho. Podes explicar porque disse ela isso?
− Não sei, acho que é por brincar com ela, por fazer aquilo que os amigos dela costuma fazer, entrar no mundo de imaginação e fantasiam que as crianças guardam e nós deixamos perder. – Marda respondeu com um enorme sorriso, e o olhar distante que se tinha construído, virou um olhar luminoso e cheio de alegria – É um enorme prazer brincar com ela, sinto que me posso libertar de toda a minha responsabilidade de maturidade...
− Bem, acho que respondestes às perguntas que queria. – Disse Leonor acelerando a conversa – Nós temos problemas comuns que podem ser resolvidos. Primeiro, tu vais precisar de alojamento quando fores estudar, eu ainda que tenha casa, não queria ficar sozinha, e não tenho ninguém para me acompanhar. Em segundo, o Duarte é um grande amigo meu, na realidade é o meu melhor amigo, só que tem um enorme defeito, não sabe escolher namoradas, na sua maioria só se querem aproveitar dele, e por vezes prejudicou a nossa relação de amizade, mas tu pareces realmente gostar dele, e seria um gosto ajudar a criar uma relação afetiva entre vocês os dois. Por último, e se calhar o mais estranho, durante os últimos três anos, os meus pais foram com a Carlota para a capital, e eu fiquei sozinha nesta casa para acabar os estudos aqui, só vinham cá os funcionários. Eu não pude acompanhar a fase de bebé da Carlota, e eu gostava muito de ter compreendido o que era cuidar de um bebé. Pelo que tu descreveste, consegues aproximar a tua ação à de uma bebé. Bem, no fundo estou a propor que venhas viver comigo, quando formos estudar, em troca eu comprometo-me a ajudar-te com o Duarte, desde de que tu me permitas experimentar como é cuidar de uma bebé.
− Eu não sei bem o que dizer… − Respondeu Marta atrapalhada – Eu acho que percebi tudo.
− Ainda bem que percebeste. E como vês não aceitavas o alojamento como uma oferta, comprometias-te em fazer-me companhia e ter uma experiência única de cuidar de uma bebé, ainda que um bocadinho maior. Podes encarar como um emprego.
− Eu não sei bem o que queres que faça para cuidares de mim como uma bebé… Não sei se sou a melhor pessoa…
− Que és a melhor pessoa eu não tenho dúvidas. Para cuidar de ti como um bebé é algo que iremos ver com calma e mais pormenor, mas no fundo é, como tu disseste, abdicar da tua responsabilidade e maturidade. – Explicou Leonor com um enorme sorriso carinhoso e afetuoso – Então, o que dizes?
− Não sei… posso pensar?
− Claro que podes pensar. – Continuou Leonor tranquilamente – Tens dois minutos, que é o tempo de eu trocar de roupa e vestir algo mais confortável.

A Marta ficou estupefacta com o que Leonor propôs. Sentou-se no sofá, enquanto a sua colega desaparecia pelas escadas.
Com a proposta da Leonor posso estudar, sem estar dependente da bolsa de estudo. – Pensou Marta – Mas não sei muito bem o que ela quer de mim relativamente ao cuidar de uma bebé… Mas até pode ser interessante. E a proposta de me aproximar do Duarte… Durante anos ele não me saiu da cabeça, pode ser uma oportunidade única, mas será que vou…
− Então? – Perguntou Leonor ao descer das escadas – Sim ou sopas?
− Eu acho que vou concordar… − Disse Marta envergonhada – Sim, eu concordo!
− Ótimo. Sem que não é nada formal, ainda, mas quero que assines aqui para termos um registo para recordar e honrar. – Disse Leonor enquanto lhe entregava um papel:
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